sábado, 21 de abril de 2012

Ela...


Noite turva, luzes amareladas, burburinhos calorosos...
Eu passei...
E ela me olhou, com um olhar turvo com um tom de desejo,
Com meus medos eu a vi, e passei.
O cigarro queimava e crepitava em suas fagulhas avermelhadas e cincas.

Eu...
Ela...

De uma formar natural, com o ar que se respira, ela veio até a mim.
Com  meus medos, ela disse: Olá. (com um sabor doce e eufórico)
O álcool era um aliado próximo, e as palavras um sinônimo de querer.

Eu... Peguei em suas mãos macias e cálidas, com ardo de serenidade intensa.
Ela...

Subitamente ela me BEIJOU!
Ela...

Meu corpo entro em colapso, mãos esquentaram como flamula viva,
tudo de mim em um só instante se tornou dela,
sentia-me aquecido em seus braços e atorduado em desejos de abominação,
Sentia o aroma perfeito das rosas em seu dorso, e o veneno mas saboroso em seus lábios
se destilava em pedaços do meu corpo.
Ela gritava em silencio, e eu gemia em sussurros inespremiveis em seus ouvidos.

Eu...
Ela...

Sem medo de tentar eu mergulhei em seu corpo, como fosse meu ultimo instante de existência.
Dentro de suas palavras havia meu nome, e dentro de mim havia você.

A noite encontrou o dia, e Ela partiu...

Ela...
Eu...

Espero de alguma maneira...
Vela passar novamente...

Ela!

De: Victor Hugo
Para:   Huapaya 

18:20 - 21 abril 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012